quarta-feira, 23 de junho de 2010

Luz do Meu Olhar

Ela não vê que eu estou na sua frente
E que sempre estou presente quando sente a solidão
Ela não vê que eu estou sempre ao seu lado
Como um louco apaixonado delirando de paixão
Ela não vê que eu leio seu pensamento
E que meu grande tormento é não ter seu coração
Ela não vê que faz parte da poesia
Que componho todo dia mergulhado na ilusão

Ela só vê o escuro do seu mundo
Tão amargo e profundo
Quanto sua obsessão
Ela só vê a beleza e o ouro
Onde reside o tesouro
A pedra no seu coração

Ela não vê como é bela a Natureza
Que é cheia de beleza e espalha o amor
Ela não vê que existe felicidade
Que apaga a saudade aquecendo com calor
Ela não vê que é a luz do meu olhar
Que ao me apaixonar o meu mundo escureceu
Ela só vê através da minha luz
Agora quem a conduz com certeza não sou eu

domingo, 13 de junho de 2010

Um Curioso Documento que se Presume Datar de 1875

“Ilmo. sr. Imperadô – Amigo Senhô – Antonio Pire de Oliveira. Vurgamente conhecido pur Tunico Paçoca, morador no arraiá do Sapecado e Juiz de pais do mesmo mencionado arraiá, vem por meio da apena adeclará para voça eccelenticima o que abaixo vai dizê: Appareceu aqui um Tar Diunizo que intentô virá o povo na lei do protestante, maçono e arrepublicano, adecrarando que voça Sinhoria é bobo que faz de nois pau de amarrá egua. Eu im vista das formação que tive pur quexa do spetor, prendi em suffragante o referido Diunizo que se acha amarrado legarmente dos peis e das mãos com corda pur não havê argema, e purtanto eu peço a vossa Sinhoria que me arresponda cum toda brividade o que qué que eu faça do bicho o quar eu tenho maltratado pior du que um caxoro. Na minha umirde upinião ele deve sê enforcado e ficá na forca até fedê, porque não é brinquedo a bobage que ele bota em voça Sinhoria de tudo nome feio e eu já quiz dá nelle promordo as injuria que esse tranca diz à sei respeito.
Espero a sua resposta pra meu gunvernu.
No mais pro sê.
Seu amigo e defensô perpetu.
a.Antonio Pire de Oliveira
Dado e paçado no arraiá do Sapecado no dia 28 de Fevereiro do anno de estamos nelle.”

ALMANAQUE SANTO ANTÔNIO. Petrópolis, Vozes. 1995. p. 22.