O eu que hoje eu vejo
Não é o eu que eu sou
Nem é o eu que desejo
E outro rumo tomou
Não faz mais parte de mim
O eu que outrora fui
Perdeu-se, sumiu, levou fim
Um outro eu o substitui
Aquele eu do passado
Que via um mundo de cor
Sentiu-se tão magoado
Que outro mundo criou
Surgiu, então, um novo eu
Forte, agressivo, audaz
Com o qual ninguém se meteu
Derrotá-lo ninguém é capaz
Este é o eu conhecido
O eu que a todos apraz
Enquanto o eu adormecido
Dele ninguém lembra mais