quinta-feira, 30 de junho de 2011

A gente somos inútil

Em seu comentário no rádio, o jornalista Alexandre Garcia disse que um professor precisa trabalhar 40 horas semanais para receber cerca de 700 reais mensais enquanto um vereador “trabalha” só 5 horas semanais e recebe cerca de 7 mil reais por mês; ele repetia como em uma ladainha: “Vereador, pra quê?”. De fato, se analisarmos essa situação, veremos que um vereador realmente não faz a menor falta para a população. O que se vê, são os ocupantes desse cargo só comparecerem ao serviço durante seis meses do ano, tendo direito a seis meses de recesso. De acordo com a Lei, a função do vereador é fiscalizar os atos do Poder Executivo e criar leis para beneficiar a população, mas o que vemos são os vereadores da situação sempre defendendo o prefeito em toda e qualquer circunstância para não peder os empregos e outras mordomias que a família dele “tem direito”; já os vereadores de oposição sempre criticando os atos do prefeito porque não estão mamando nas tetas da prefeitura. Quando um vereador da oposição muda para a situação, pode ter certeza de que conseguiu empregos comissionados, agregamento de veículos e outras vantagens em nome de seus parentes. Quando um vereador da situação muda para a oposição, geralmente é porque perdeu uma “boquinha” ou queria mais do que os colegas da bancada e lhes foi negado. O que mais se vê em todo o país são projetos impopulares sendo aprovados pela maioria dos vereadores porque, nas vésperas da votação receberam “um por fora” do prefeito e, com isso, tanto os da situação quanto boa parte da oposição votam favorável ao referido projeto. Volta-nos à mente a pergunta do jornalista: “Vereador, pra quê?” se eles não fazem quase nada em benefício da população. Sabemos que um vereador sozinho não é nada, precisa-se de, pelo menos, a metade deles mais um para se aprovar um projeto. Mas sempre há o jogo sujo do “venha mais” para comprar a “consciência” dos vereadores e quem sofre com isso é o povo que continua sem saber escolher seus “representantes”.